Entre nesta roda!
Turma VI – Período de Realização:Outubro/2011 a Setembro/2012
“A cultura é para o indivíduo, assim como a teia é para a aranha: ela nutre, agrega e sustenta a vida”. Adalberto Barreto.
O que á Terapia Comunitária Sistêmica Integrativa?
A Terapia Comunitária (TC) é um procedimento terapêutico, em grupo, com a finalidade de promover a saúde e a atenção primária em saúde mental. Funciona como fomentadora de cidadania, de redes sociais solidárias e identidade cultural das comunidades. Por ser um trabalho em grupo atinge um grande número de pessoas, abrangendo diversos contextos familiares, institucionais e sociais.
A terapia Comunitária constitui:
q Espaço propiciador para a fala e expressão do sofrimento e das situações de crise.
q A oportunidade de união das famílias e do grupo social, facilitando a construção da rede de solidariedade entre as pessoas.
q Instrumento importante para o resgate cultural e da auto-estima das populações menos favorecidas, nas mais variadas comunidades.
q Exercício de inclusão e de valorização das diferenças e dos referenciais positivos de cada indivíduo.
Para quem?
“A Terapia Comunitária funciona com instrumento de agregação e criação de vínculos sociais”.
A Terapia Comunitária tem tido sua utilização ampliada para os mais diversos segmentos. Alem de destinar-se às pessoas, famílias e comunidades com os mais variados tipos de problemas (familiares, psico-emocionais, dependência química, hipertensão, HIV) envolvendo grupos mistos ou não de crianças, adolescente, adultos e idosos, a Terapia Comunitária tem sido aplicada também em empresas, escolas, instituições e também na atenção aos cuidadores.
Para que?
Desenvolver atividades de prevenção e inserção social de pessoas, famílias e comunidades que vivem em situação de crise e sofrimento psíquico.
Promover a integração de pessoas, a construção da dignidade e da cidadania, contribuindo para a redução dos vários tipos de exclusão.
Promover encontros interpessoais e intercomunitários, valorizando a história individual e a identidade cultural, a fim de restaurar a auto-estima e a autoconfiança.
Por que?
A Terapia Comunitária vem maximizar e universalizar instrumentos para a prevenção de problemas cada vez mais presentes em nossa sociedade, tais como:
Doenças psíquicas,
Somatizações,
Violência doméstica,
Situações de crise intrafamiliar,
Crise intracomunitária,
Abandono social
Despertando o potencial humano
A Terapia Comunitária está embasada na constatação de que as pessoas carentes, vivendo os problemas mais variados, demonstram riqueza nas possibilidades de soluções.
Os profissionais de saúde, educação, áreas sociais e agentes comunitários devem ser instrumento catalisador das soluções emergentes da própria comunidade.
“A Terapia Comunitária promove vínculos sociais, as redes de solidariedade e melhora a auto-estima”.
Pilares da Terapia Comunitária
“A consciência de quem sou nasce da comunicação com o outro”.
A Terapia Comunitária está fundamentada teoricamente sobre cinco pilares:
- Pensamento Sistêmico;
- Teoria da Comunicação;
- Antropologia Cultural;
- Pedagogia de Paulo Freire
- Resiliências.
Esses referenciais teóricos estão intricados numa inter relação consistente e indissociável para a compreensão da metodologia da TC.
“O ser humano precisa comunicar-se com os outros para ganhar consciência do próprio eu”.
1. Pensamento Sistêmico
Criada pelo biólogo alemão Ludwing Von Bertalanfly, a Teoria Geral dos Sistemas busca compreender a Inter-relação existente entre as partes e o todo.
As crises e os problemas são observados e resolvidos como partes integradas de uma rede complexa, cheia de ramificações, que interligam as pessoas num todo. Envolvem a biologia (corpo), a psicologia (mente e emoções) e a sociedade (contexto cultural).
Esses aspectos estão interligados e todas as partes influenciam uma as outras.
A abordagem sistêmica percebe a pessoa humana na sua relação com a família, com a sociedade, com seus valores e crenças contribuindo para a compreensão e transformação do indivíduo.
A consciência da globalidade possibilita abordar e situar um problema sem perder de vista as várias partes do conjunto. Estimular os mecanismos de auto-regulação, proteção e noção de co-responsabilidade.
2. Teoria da Comunicação
Segundo Watzlawick, os processos de comunicação interferem no comportamento. Todo comportamento é comunicação. O comportamento tem valor de mensagem numa ação interacional. A atividade ou a inatividade, as palavras ou o silêncio, mesmo não intencionais, possuem um valor de mensagem. Não há como não se comunicar.
Toda comunicação tem dois aspectos: a comunicação verbal e não verbal, expressa por meio de gestos, olhares, tom de voz etc.
Nesse sentido, a comunicação se torna uma seqüência ininterrupta de trocas.
Os princípios da Teoria da Comunicação aplicados na Terapia Comunitária indicam que todo sintoma tem valor de comunicação.
Isso significa que as queixas e os problemas apresentados estão comunicando um desequilíbrio familiar ou social. A exemplo do alcoolismo, dos atos de delinqüência juvenil, das somatizações e dos sofrimentos psíquicos.
“A Terapia Comunitária constitui um novo paradigma que envolve ação participativa e de co-responsabilidade – construção coletiva”.
3. Antropologia Cultural
A Antropologia Cultural ressalta que os valores e as crenças são fatores importantes na formação da identidade do indivíduo e do grupo.
Adalberto Barreto considera que a transformação social só será possível quando considerar duas vias: a do conhecimento científico e a do saber popular.
4. A Pedagogia de Paulo Freire
Freire (2001:79) afirma que “Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos, na pratica social de que tomamos parte”.
O método Paulo Freire é um chamado coletivo a todos os membros da raça humana para criar e recriar, fazer e refazer através da ação e reflexão. Descobrindo novos conhecimentos e conseqüentemente, novas formas de intervir na realidade, os indivíduos tornam-se sujeitos da história e não meros objetos.
5. Resiliência
“Só reconheço no outro aquilo que conheço em mim mesmo”.
Termo utilizado pelo criador da Terapia Comunitária para significar a capacidade dos indivíduos, famílias e comunidades de superar as dificuldades contextuais. É esse saber que tem permitido aos pobres e oprimidos sobreviverem através dos tempos.
De acordo com a TC, a Resiliência apresenta as seguintes características:
q valorização da experiência pessoal;
q reconhecimento da competência dos indivíduos, das famílias e das comunidades;
q senso de humor como forma de transformar o trágico em lúdico;
q desenvolve-se por meio da interação entre o indivíduo e seu ambiente;
q não substitui as políticas públicas/sociais, devendo inspira-las e ou reorienta-las;
q exige um espírito construtivo;
q encoraja e estimula a capacidade de aprendizado das pessoas.
Um Pequeno Histórico da Terapia Comunitária
“A diversidade de códigos culturais exige uma compreensão múltipla com diferentes respostas e pluralidade de modelos”.
A Metodologia da Terapia Comunitária foi criada e sistematizada pelo psiquiatra e antropólogo cearense Adalberto Barreto em 1987 na comunidade do Pirambu, Fortaleza-Ceará, entendendo que a lógica da consulta médica individual não responderia às necessidades daquelas pessoas, chegando a conclusão que a prioridade para aquele grupo era a criação de uma rede social de solidariedade.
A Terapia Comunitária surgiu nessa comunidade em resposta a duas necessidades:
q Atender a um grande número de pessoas com problemas emocionais e psíquicos;
q Adequar as propostas acadêmicas de promoção da saúde às carências reais apresentadas por aquela comunidade
Nos últimos anos, a TC encontrou grande demanda por todo Brasil. No exterior, já há um movimento organizado de TC na França, Suíça e Itália, sendo que há previsão de em breve alcançar também o continente africano.
A TC também foi adotada com ferramenta terapêutica pela SENAD – Secretaria Nacional Anti-Drogas do Ministério da Justiça e atualmente está sendo adotada pelo Ministério da Saúde para capacitar as equipes do PSF – Programa de Saúde da Família.
Em Pernambuco a Terapia Comunitária teve a sua implantação pela AquariusNAC através da sua primeira turma de formação e vem promovendo o curso desde 2002 e iniciando agora em outubro a sua sexta turma.
O órgão que coordena e representa o movimento no Brasil é a ABRATECOM – Associação Brasileira de Terapia Comunitária com sede no Rio de Janeiro. No Brasil em média 11.000 terapeutas atuam em seus respectivos estados em organizações do 3º Setor e também em instituições públicas e privadas.
Atualmente a TC está implantada em praticamente todos os estados brasileiro
Definição das Atividades
O curso de Formação de Terapeutas Comunitários tem carga horária de 360 horas/aula divididas nas seguintes atividades: 04 Módulos, 08 Encontros de Intervisão e 48 Rodas prática de TC:
MÓDULOS– São as atividades que acontecem com duração de quatro dias e tem por finalidade capacitar os participantes na metodologia da TC a nível teórico e prático. Trabalha-se também as vivências necessárias a formação do Terapeuta.
a).-VIVÊNCIAS TERAPÊUTICAS - As vivências terapêuticas trabalham partindo da história pessoal e familiar de cada participante, trabalhando suas próprias emoções e inseguranças, ajudando-os a se conhecerem e atuarem em suas comunidades e nos grupos com os quais irão trabalhar. Esta é outra fonte do conhecimento, que contribui para a formação do Terapeuta Comunitário. O profissional precisa lidar com suas próprias emoções, inseguranças e sofrimentos para conhecer suas limitações e possibilidades de intervenção. Estas vivências ajuda a tomar a distância necessária entre suas próprias emoções e as que irão emergir no seu trabalho sócio-terapêutico. CH: 160 horas/aula.
INTERVISÕES – Tem como objetivo proporcionar aos participantes do curso a reflexão sobre a prática da Terapia Comunitária. Oferecer a possibilidade de por em pratica as técnicas e conteúdos vistos durante o curso teórico. Estabelecer uma dialética entre a teoria e a pratica.CH: 80 horas/aula
PRÁTICA – Para obtenção da certificação em Terapia Comunitária são necessárias a prática de 48 Rodas de Terapia Comunitária: CH: 120 horas/aula.
TOTAL DA CARGA HORÁRIA: 360 HORAS/AULA
Carga Horária, Cronogramas e Equipe
O curso de Formação em Terapia Comunitária Integrativa tem carga horária de 360horas/ divididas em 04 módulos (160 h/a), 08 encontros de intervisão (80 h/a) e a parte prática (120 h/a).
CRONOGRAMA DS MÓDULOS
ITÉM | ATIVIDADE | C.H | DATA |
01 | MÓDULO I | 40 H/A | 13 a 16/10/2011 |
02 | MÓDULO II | 40 H/A | 02 a 05/02/2012 |
03 | MÓDULO III | 40 H/A | 10 a 13/05/2012 |
04 | MÓDULO IV | 40 H/A | 02 a 05/08/2012 |
| TOTAL | 160 H/A | |
CRONOGRAMA DAS INTERVISÕES
DATAS DAS INTERVISÕES | DATAS DA INTERVISÕES |
01).05/11/2011 - 08:00/18:00 | 05).07/04/2012 - 08:00/18:00 |
02).03/12/2011 - 08:00/18:00 | 06).09/06/2012 - 08:00/18:00 |
03).07/01/2012 - 08:00/18:00 | 07) 07/07/2012- 08:00/18:00 |
04).10/03/2012 - 08:00/18:00 | 08) 01/09/2012 - 08:00/18:00 |
| TOTAL GERAL: 80 HORAS/AULA |
CRONOGRAMA DA PRÁTICA
ATIVIDADE | PERÍODO DE REALIZAÇÃO |
48 RODAS DE TERÁRIA COMUNITÁRIA | A PARTIR DO DIA DO INÍCIO DO CURSO ATÉ COMPLETAR DOIS ANOS |
q Os módulos sempre acontecem de Quinta a Sábado no horário de 08:00 às 18:00 e no Domingo de 08:00 às 12:00.
q As intervisões acontecerão sempre aos sábados, no horário de 08:00 às 18:00 horas.
q As atividades em Recife e Olinda acontecerão nos hotéis Marolinda em Boa Viagem e no Quatro Rodas em Olinda, podendo sofrer alterações.
A equipe de formadores, de facilitadores e de apoio é composta pelos seguintes profissionais:
Adalberto Barreto: Doutor em Psiquiatria – Universidade René Descartes (Paris/França) Doutor em Antropologia –Universidade de Lyon (Lyon/França)
Licenciatura em Teologia – Universidade Santo Thomas de Aquino in Urbis (Roma/ Itália) e Faculdade Católica de Teologia (Lyon/França). Criador da Metodologia da Terapia Comunitária. A confirmar.
Goretti Moura: Jornalista, Terapeuta Comunitária, Aromaterapeuta.
Luciana Castro: Psicóloga, com prática na área social / comunitária e Organizacional (pos-graduada pela UNICAP). Terapeutas Comunitária, Formadora e Facilitadora em Terapia Comunitária e Facilitadora de Biodanza em formação.
Maria de Lourdes Veras: Psicóloga., Terapeuta Comunitária em formação e Especialista em Dinâmica de grupo.
Noemia Azevedo: Psicoterapeuta, Psicóloga com Especialização em Clinica Existencial-Fenomenológica e Institucional, Especialista em Gestão de Governo pela FGV, Facilitadora de Grupos Psicoterapeuticos e Terapeuta Comunitária.
Rene Moura: Psicólogo, Terapeuta Comunitário, Família, Casal e Grupos, Facilitador de grupos e Facilitador de Biodanza em formação.
Washington Bezerra: Psicólogo, Terapeuta Comunitário, de Família, Casal e de Grupo, Formador e Facilitador em Terapia Comunitária. Coordenador do curso de formação
OBS: Contaremos também com a presença de outros profissionais convidados que ministrarão conferências e vivências em Bioética, Constelação Familiar, Biodança entre outras.
Cronograma geral das atividades e do investimento
O valor do investimento é de R$ 1.700,00, inclui material didático e as parcelas deverão ser pagas sempre nas datas e nos locais das atividades, conforme tabela abaixo. Outras formas de pagamento e parcelamento, consultar a coordenação:
ATIVIDADE | DATA | VALOR |
MÓDULO I | 13 a 16/10/2011 | R$ 225,00 |
INTERVISÃO 01 | 05/11/2011 | R$ 100,00 |
INTERVISÃO 02 | 03/12/2011 | R$ 100,00 |
INTERVISÃO 03 | 07/01/2012 | R$ 100,00 |
MÓDULO II | 02 A 05/02/2012 | R$ 225,00 |
INTERVISÃO 03 | 10/03/2012 | R$ 100,00 |
INTERVISÃO 04 | 07/04/2012 | R$ 100,00 |
MÓDULO III | 10 A 13/05/2012 | R$ 225,00 |
INTERVISÃO 06 | 09/06/2012 | R$ 100,00 |
INTERVISÃO 07 | 07/07/2012 | R$ 100,00 |
MÓDULO IV | 02 A 05/08/2012 | R$ 225,00 |
INTERVISÃO 08 | 01/09/2012 | R$ 100,00 |
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
Aquarius – Núcleo de Atividades Científicas
(81) 9696.4096 – 8541.1371- 9158.2403
e-mail: aquariusnac@yahoo.com.br
OBS: Polo Formador em Terapia Comunitária desde 2002, autorizado e reconhecido pela Abratecom – Associação Brasileira de Terapia Comunitária.
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