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sábado, 2 de abril de 2011

Engenho São Bartolomeu recebe PJA:SONHO ANTIGO DO CRAS PRAZERES/COMPORTAS

Dia histórico para o Município de Jaboatão dos Guararapes, os dois coletivos que irão funcionar no Engenho São Bartolomeu em Comportas,foram inaugurados com muita alegria .
É a  primeira vez na história do município que um serviço socioeducativo com jovens conseguiu ser desenvolvido em uma antiga senzala de um engenho. O objetivo é promover atividades que reviva e resignifique esse espaço, fazendo com que um antigo local de sofrimento se torne um espaço de alegria e protagonismo juvenil, ressalta, João Batista,Coordenador do ProJovem Adolescente.











Por James Davidson



O Engenho São Bartolomeu localiza-se próximo ao bairro de comportas, no 1º de Prazeres, às margens da Br 101 sul. É um dos mais antigos engenhos do município que destaca-se pela sua rica história, inclusive com presença judaica
O Engenho São Bartolomeu é um dos mais antigos de Jaboatão, pois consta sua existência em documentos antigos holandeses. Pertencente à Freguesia de Muribeca, seu proprietário mais antigo que se tem registros é Felipe Dias do Vale que o possuiu em 1623. Posteriormente, segundo constam os documentos, o engenho passou a pertencer a Fernão do Vale, irmão do proprietário anterior. Nessa época o engenho era movido a bois. Posteriormente passou a ser movido a água.

Fernão do Vale era cristão-novo, judeu forçado a converter-se ao catolicismo em Portugal. Com a invasão holandesa em Pernambuco, os cristão-novos passaram a revelar sua fé judaica, antes perseguida. Foi deputado representando Muribeca e escabino da Vila de Olinda, tendo que deixar o cargo por ter se declarado judeu
Fernão do Vale é considerado um dos traidores da conspiração contra os holandeses por ter denunciado os insurgentes ao comando flamengo. Em 15 de agosto de 1646, após as Batalhas de Curcuranas, os holandeses invadiram o Engenho São Bartolomeu e levaram Fernão do Vale e mais outras pessoas dando-lhes destino até hoje incerto. Após isso, o engenho foi vendido e passou nas mãos de vários proprietários até os dias atuais.
A casa-grande do Engenho São Bartolomeu, de um só pavimento, foi construída em alvenaria de tijolos em taipa (parcialmente) possuindo coberta em telha colonial. É alpendrada com colunas de fuste cilíndrico e base retangular. Suas portas e janelas são em arco abatido. A casa conservava ainda seu mobiliário antigo e a imagem de São Bartolomeu da antiga capela que existia atrás da casa (só restam hoje as ruínas), mas os móveis foram retirado recentemente e a imagem levada para a restauração em Olinda.

A senzala é um edifício térreo feito em alvenaria composta por vários barracões que formam "quartos" com apenas uma porta. Não há mais resquícios de grilhões nem de instrumentos utilizados pelos escravos. Hoje há uma igreja evangélica e uma biblioteca comunitária funcionado na senzala.
Há ainda há na localidade as antigas comportas que eram uma espécie de porta que represava a água do riacho com diversas finalidades. Estas comportas encontram-se em um pequeno afluente do Rio Jaboatão.
Por fim, há um Baobá centenário junto da casa-grande e uma pequena vila de moradores que completam o cenário desta localidade simples e bucólica. As casas são modestas, típicas das encontradas em ambientes rurais do Nordeste.
O Engenho São Bartolomeu também se destaca por ser o local de onde se originaram o Bolo Souza Leão e o Bolo pé-de-moleque, o primeiro patrimônio do Estado de Pernambuco.
A festa da manga é um evento que todos os anos atraem muitas pessoas da região. Ocorrendo no mês de março, conta com shows, feiras de artesanato, comidas típicas e a tradicional Cavalhada
O Engenho São Bartolomeu é mais um lugarzinho especial e com muita história pra contar dentro de Jaboatão dos Guararapes
Fonte: http://jaboataodosguararapes.blogspot.com/2007/10/engenho-so-bartolomeu-memrias-nas.html





Um comentário:

  1. muito bom, saber que nossa história esta sendo preservada, as pecas ainda remanescentes deveriam ser restauradas por pessoas competentes da área, e expostas nos nossos museus, contando a sua história, seria muito bem, afinal passados tantos séculos, muitos pernambucanos, e nordestinos tem suas raízes mais antigas, neste região.

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